domingo, 7 de novembro de 2010

Sem Segunda Tróia



Por que culpá-la por encher minha existência
De miséria e, mais tarde, enquanto a ação expande,
Aos ignorantes ensinar a violência,
Ou atirar rua pequena contra grande,
Mesmo sem a coragem que o anelar reclama?
Como seria tranqüila, com aquela mente
Que a nobreza moldou singela como a flama?
Ou com o encanto do arco retesado, um ente
Não natural em nosso mundo, por seu jeito
Muito severo e sempre altivo e singular?
Ora, sendo como é, que mais teria feito?
Havia nova Tróia para ela queimar?



William Butler Yeats





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