quinta-feira, 28 de abril de 2011

O amor, umas vezes voa,

outras anda;

com este corre,
...
com aquele vai devagar;

A uns entibia,

e a outros abrasa;

A uns fere, e a outros mata;

Num mesmo ponto principia

a carreira dos seus desejos,

e ali mesmo os acaba e conclui;

Pela manhã, costuma colocar cerco

a uma fortaleza,

e à noite a leva de vencida,

porque não há força

que lhe resista.



(MIGUEL DE CERVANTES)

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