Gosto de ampulhetas, de mapas, de etimologias, do sabor do
café e da prosa de Stevenson...
Vivo, continuo a viver, para que Borges possa realizar
a sua literatura; e essa literatura me
justifica. Anos atrás, tentei me livrar dele,
e fui de mitologias dos subúrbios da cidade a jogos
com o tempo e a infinidade, mas agora esses jogos
pertencem a Borges, e terei de inventar outra coisa.
Assim, minha vida é uma fuga, e perco tudo,
e tudo pertence ao passado ou a ele.
Não sei qual de nós dois está escrevendo esta página.
Nenhum comentário:
Postar um comentário