sábado, 10 de março de 2012

Toda vida eterna é provisória. A tranquilidade é cheia de alternâncias.

Serão semanas de infindável paciência, de alegria intacta, e algumas

horas de ressentimento e azar. Nada vai mudar.

Até o mar tem dias de ressaca.

Não podemos aumentar a exigência a cada questionamento, formular

paranoias e teorias de conspiração, esperar desmascarar nossa companhia.

No fundo, ninguém se ama o suficiente para ser amado.

É aceitar o desvio e retornar para perto do ponto.

Aproximar-se com a igual gana do início, esforçar-se novamente para

conquistar a empatia da solidão.

E nunca ter controle sobre o resultado.


FABRÍCIO CARPINEJAR

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