Toda vida eterna é provisória. A tranquilidade é cheia de alternâncias.
Serão semanas de infindável paciência, de alegria intacta, e algumas
horas de ressentimento e azar. Nada vai mudar.
Até o mar tem dias de ressaca.
Não podemos aumentar a exigência a cada questionamento, formular
paranoias e teorias de conspiração, esperar desmascarar nossa companhia.
No fundo, ninguém se ama o suficiente para ser amado.
É aceitar o desvio e retornar para perto do ponto.
Aproximar-se com a igual gana do início, esforçar-se novamente para
conquistar a empatia da solidão.
E nunca ter controle sobre o resultado.
FABRÍCIO CARPINEJAR
Enquanto o caos segue em frente
Há 8 anos
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