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"Texto
é toda a escrita de nível artístico, ou não, recheado de conteúdos
capazes de desafiar a curiosidade do saber. Segundo Barthes, "texto do
prazer seria aquele que enche, satisfaz, contenta e dá euforia". É um
texto que se radica na subjetividade do leitor. Entre juízos sociais de
valor e preferências de sentido, o livro será bom ou mau. O leitor
caminha como caminha por entre a floresta, onde a sombra é boa enquanto
o transeunte a procura para fugir do sol e é ruim quando o transeunte
foge dela saturado, procurando o sol. Há livros que nascem em nossa
cultura. Outros que vêm de outras culturas e nos transmitem dados e
informações prazerosas. A capacidade que um leitor tem de atender a
vários horizontes de dentro e de fora, tornam o leitor mais maduro em
seus juízos de valor. Todo o prazer do texto está nessa vontade de ter
um espaço da linguagem onde uma pessoa se encontra apenas com os signos
e pode desenvolvê-los navegando em seu imaginário e enriquecendo os
dados que lhe são apresentados. O texto é sempre muito mais do que unm
diálogo simples. Ele é uma polifonia. Várias vozes, vários sentidos,
vários caminhos e viagens múltiplas podemos fazer pelos espaços
infinitos da fantasia e da imaginação...O leitor é rei em sua
intimidade e em seu prazer...Única testemunha de seus roteiros... "O
meu prazer pode tomar a forma de uma excursão", diz Roland Barthes. E o
melhor da excursão é quando eu formalmente integrado no todo consigo
libertar-me do todo, sem me deixar arrastar, curtindo minhas seduções,
minhas visões, minhas experiências... O texto é meu barco de
navegação...no social, no indiidual, no inenarrável fantasmagórico, com
todos os roteiros de avebntura e de prazer.
Na expressão de
Barthes, tanto existe o prazer do texto como o texto do prazer...Duas
expressões reversíveis mas ambíguas. Na prática, acho que deverá ser o
leitor qu buscará o sentido delas. Ao falarmos de prazer podemos
trabalhar com dois elementos que o constituem : o contamento e a
fruição. Tem prazer quem sente o contentamento íntimo e quem goza ou
frui. Mas quem goza ou frui entra num estado de sensação liminar, de
sensação progressiva, de clímax, de sensação globalizante e às vezes, na
fruição dos sentidos, de auto-desvanecimento, ou como diria, Barthes,
de desfalecimento. "
JOÃO FERREIRA
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