Nem sempre os sulcos da generosa terra
pagam com juro o que o homem lhes confia.
Nem sempre o vento favorece a nave
no seu rumo inconstante.
Menos prazeres, somados a mais penas
eis a sorte infalível dos amantes.
Que o espírito preparem
para o jugo suportar das muitas
provações a que o amor obriga.
São as lebres do Atos e as bagas sustentadas
pela árvore de Palas de folhagem sombria,
são as conchas da praia e as ovelhas
que pastam no monte Hibla
tão numerosas quantas são as penas
com que o amor castiga.
Os dados que recebem os amantes
estão de fel embebidos.
Ovídio – Arte de Amar
Enquanto o caos segue em frente
Há 8 anos
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