Nenhuma mulher vai ao encontro de um desejo
voluntariamente contido por respeito a ela.
Ela fica feliz em mantê-lo em suspenso em sua
imaginação, mas com isso aumenta a obsessão
naquele que a deseja, de modo que é no final possuída
por um homem obcecado por seu próprio desejo.
E é então que a mulher se torna verdadeiramente
objeto: quando é desejada apenas por um homem ansioso
do próprio desejo. Mas enfim isso também resolve o
problema da mulher, que prefere gozar por interposição
de um desejo eternamente insatisfeito.
JEAN BAUDRILLARD
Enquanto o caos segue em frente
Há 8 anos
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