terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Aquilo que modelamos e acreditamos controlar sai pelo mundo

para tentar a sorte e passa a ter vida própria.

O culto cego a determinada produção de nossa economia mata

os nossos semelhantes em estradas.

Os gregos, por medo de ver suas estátuas se moverem,

por vezes, recobriam-nas com correntes.

Quem pode adivinhar se, e de que modo, um determinado objeto,

apesar de convencional e produzido por nossa indústria,

pode um dia converter-se em símbolo, em ícone,

ou que mais posso dizer, em divindade?



MICHEL SERRES

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