quarta-feira, 30 de março de 2011

"... o problema é que as coisas, as coisas não são nada em si.
O mundo não fala. Sou eu que dou a ele a minha palavra;
sou eu que digo o que as coisas são.
Esse é um poder inigualável - eu posso falsificar tudo e todos, sempre,
um Midas Narciso, fazendo de tudo minha imagem, desejo e semelhança.
Que é mais ou menos o que todos fazem, o tempo todo: falsificar.
Essa algaravia monumental em toda parte, todos falando tudo a todo instante,
esse horror coletivo ao silêncio.
Nada tem essência alguma em lugar algum. Isso, sim, faz sentido."


CRISTÓVÃO TEZZA

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