Gosto de viver na obscuridade, no sentido material como no moral
- o homem de visão não goza de liberdade -, eu me exercito em
ver no escuro. Geralmente a luz parece grosseira, agressiva,
algumas vezes cruel. A noite brilha como um diamente negro,
reluz por dentro. Meu corpo de sombra sabe avaliar as sombras,
desliza entre elas, entre o silêncio delas, dir-se-ia que as conhece.
Podemos fazer quase tudo sem luz, salvo escrever.
Viver se satisfaz com penumbras, ler exige claridade.
MICHEL SERRES
Enquanto o caos segue em frente
Há 8 anos
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