Não procurem saber como se vê uma paisagem, componham um jardim.
Compreendam o erro estético de submeter tudo a uma lei: aplainar
entedia e enfeia, mundo sem paisagens, livros sem páginas, desertos.
Retirem as coisas belas, nada mais verão. Ver o espaço exige tempo,
não matem o tempo. Evitem o erro simétrico de contentar-se com o
fragmento. Compor exige uma tensão entre local e global, vizinho e
distante, narrativa e regra, a unicidadedo verbo e o pluralismo não analisável
dos sentidos. Visitem a paisagem. Subitamente, serão capazes de ver
ao mesmo tempo, a miniatura e o panorama.
MICHEL SERRES
Enquanto o caos segue em frente
Há 8 anos
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