A vida que se vive é um desentendimento fluido,
uma média alegre entre a grandeza que não há e a
felicidade que não pode haver.
No baile de máscaras que vivemos, basta-nos o agrado
do traje, que no baile é tudo.
Por mais que dispamos o que vestimos, nunca chegamos
à nudez, pois a nudez é um fenômeno da alma...
Assim com os nossos múltiplos trajes, vivemos felizes
ou infelizes, o breve espaço que nos dão os deuses
para os divertimos, como crianças que brincam jogos sérios.
FERNANDO PESSOA
Enquanto o caos segue em frente
Há 8 anos
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