quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Como pensar em ecologia sem incluir a preservação
das palavras? E com a ecologia das palavras, quem se
preocupa? E os lençóis subterrâneos da fala que são
contaminados pelo sarcasmo, pelo cinismo e, sobretudo,
pela indiferença, quem cuida de sua prevenção?
Corremos o risco de perder a natureza quando deixamos
que a linguagem fale em nosso lugar e não mais falamos
por ela. Quando somente transferimos a responsabilidade
de dizer e de nomear pelo ato de repetir.
Não é o comportamento que condiciona as palavras.
Mas as palavras formam o comportamento. As palavras
são o comportamento. Somos palavras.


(FABRÍCIO CARPINEJAR)

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