O individuo quer para si o prazer ou quer afastar o desprazer:
a questão é sempre, em qualquer sentido, a autoconservação.
Sócrates e Platão estão certos: o que quer que o homem faça,
ele sempre faz o bem, isto é: o que lhe parece bom (útil)
segundo o grau de seu intelecto, segundo a eventual
medida de sua racionalidade.
A maldade não tem por objetivo o sofrimento do outro em si,
mas nosso próprio prazer. Assim também, a compaixão não
tem por objetivo o prazer do outro. Sem prazer não há vida;
a luta pelo prazer é a luta pela vida. Se o individuo trava
essa luta de maneira que o chamem de "bom" ou de maneira
que o chamem de "mau", é algo determinado pela medida e
a natureza de seu intelecto.
NIETZSCHE
Enquanto o caos segue em frente
Há 8 anos
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