As sociedades frias são aquelas que reduziram ao extremo
a sua parte de história; que mantiveram num equilíbrio
constante a sua oposição ao meio ambiente natural e humano,
e as suas oposições internas. Se a extrema diversidade das
instituições estabelecidas para este fim testemunha a
plasticidade da autocriação da natureza humana, este testemunho
não parece evidente senão para o observador exterior, para
o etnólogo vindo do tempo histórico. O conformismo absoluto
das práticas sociais existentes, às quais se encontram para
sempre identificadas todas as possibilidades humanas, já não
tem outro limite exterior senão o receio de tornar a cair na
animalidade sem forma.Aqui, para continuar no humano, os
homens devem permanecer os mesmos.
Guy Debord - A Sociedade do Espetáculo
Enquanto o caos segue em frente
Há 8 anos
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