Nós não somos mortais ao nascermos, aprendemos a sê-lo
no decorrer do caminho, em idades diferentes. Nossa infância,
que ignora até o que quer dizer fragilidade, é envolta em
imortalidade. O tempo a ignora. Nossa adolescência, ávida de
vida, desejando até envelhecer, encolhe os ombros diante da
morte, que é uma questão para velhos, a menos que escolha
vez por outra a recusa brutal, o suicídio.
Contudo, a imagem do fim, sua presença, sua insistência, à
medida que avançamos pelo caminho, vai se fazendo mais
precisa e mais densa. A partir de uma certa idade, a morte
se torna uma companhia familiar.
LU
Enquanto o caos segue em frente
Há 8 anos
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