terça-feira, 17 de agosto de 2010

Nenhuma mulher vai ao encontro de um desejo

voluntariamente contido por respeito a ela.

Ela fica feliz em mantê-lo em suspenso em sua

imaginação, mas com isso aumenta a obsessão

naquele que a deseja, de modo que é no final possuída

por um homem obcecado por seu próprio desejo.

E é então que a mulher se torna verdadeiramente

objeto: quando é desejada apenas por um homem ansioso

do próprio desejo. Mas enfim isso também resolve o

problema da mulher, que prefere gozar por interposição

de um desejo eternamente insatisfeito.




JEAN BAUDRILLARD

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