domingo, 2 de dezembro de 2012

 " Parece-me inegável que, até este século, a literatura usava a linguagem
como todos a utilizamos, a pintura representava o que vê qualquer um que
tenha a visão normal, e a música era uma questão de sons agradáveis,
não de ritmos ruidosos.
 
A inovação do "modernismo" nas artes constitui um fazer o inverso.
Não sei por que, não sou historiador. É preciso distinguir entre coisas
que pareciam estranhas quando novas, mas que são hoje muito familiares,
e coisas que pareceram loucas quando novas e parecem loucas hoje.
 
Loucas e feias, pois o fim dos ideais de representação foi marcado por uma
tendência crescente, nas letras, na arquitetura, na música,
na pintura e na poesia, para a feiura."
 
 
 
 
Philip Larkin

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