segunda-feira, 3 de maio de 2010

Gosto de ampulhetas, de mapas, de etimologias, do sabor do

café e da prosa de Stevenson...

Vivo, continuo a viver, para que Borges possa realizar

a sua literatura; e essa literatura me

justifica. Anos atrás, tentei me livrar dele,

e fui de mitologias dos subúrbios da cidade a jogos

com o tempo e a infinidade, mas agora esses jogos

pertencem a Borges, e terei de inventar outra coisa.

Assim, minha vida é uma fuga, e perco tudo,

e tudo pertence ao passado ou a ele.

Não sei qual de nós dois está escrevendo esta página.




JORGE LUIS BORGES

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