quarta-feira, 6 de março de 2013

Poemas são palavras e presságios,
pardais perdidos sem direito a ninho.
Poemas casam nuvens e favelas
e se escondem após no próprio umbigo.
Poemas são tilápias e besouros,
ar e água à beira de anzóis e riscos.
São begônias e petúnias,
isopor ou mármore nas colunas,
rosas decepadas pelas hélices
de vôos amarrados ao chão.
Resto do que foi orvalho,
poema é carta fora do baralho,
milharal virando cinza
pelo fogo do espantalho.



Antonio Carlos Secchin


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