quarta-feira, 22 de maio de 2013

" Não busco uma forma de exílio nos livros. Se pratico a leitura como a arte
de me transportar mentalmente para outro lugar, não é com a finalidade
de mudar de horizontes, mas, ao contrário, de me defrontar com meus
símbolos mais íntimos. Pois, uma vez mais, é no espaço em que com seriedade
se convulsionam meus semelhantes que me sinto exilado.
Certamente executo os mesmos gestos que eles, dirijo-ma a eles em sua língua,
mas isso me custa algum esforço, o mesmo que sentiria se estivesse
perdido num país que não é o meu. A cada vez que fecho um livro me sinto
como um fugitivo azarado, lançado
como por maldição num lugar do qual é impossível sair..."



Frédéric Schiffter


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