segunda-feira, 31 de outubro de 2011

"Um asno de relíquias carregado

Vendo que se faziam reverências

Quando passava

Julgou-se reverenciado

Porque iriam reverenciá-loJá que não merecia distinção?

Mas isso o Asno não se perguntava.

Seguia em frente todo presunção

Até que um bom

cidadão que ali passavaFê-lo voltar ao bom senso:

Lembre, seu Asno, que a vaidade cega

Não é para o senhor que queimam incenso

Mas para essas relíquias que carrega

"Também ao mau juiz não se respeita

E, sim, somente à toga que o enfeita."


LA FONTAINE


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