terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Desde que passamos a existir, só conseguimos crescer

transformando o "verbo" em nosso alimento.

Os mais importantes dentre nós assim se tornaram por

tê-lo magnificado. Perdemos irremediavelmente a memória

de um mundo ouvido, percebido, sentido por um corpo

desprovido de linguagem. Esse animal esquecido,

desconhecido, tornou-se homem ao falar, e o "verbo"

modelou sua carne, não somente a sua carne coletiva

de mudança e de percepção, uso ou dominação,

mas também e sobretudo a sua carne corporal.


MICHEL SERRES

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