domingo, 4 de março de 2012

A linguagem do mito e a linguagem do espetáculo dão lugar à
realidade que está sob ela: a linguagem dos fatos.
Essa linguagem, que contém a crítica de todos os modos de
expressão, traz em si a sua própria crítica.
A linguagem do homem total será a linguagem total.
Talvez o fim da velha linguagem das palavras.
Inventar esta linguagem é reconstruir o homem até
em seu inconsciente.
Na união rompida dos pensamentos, das palavras, dos gestos,
a totalidade se busca em meio à não-totalidade.
Ainda será preciso falar até o momento em que os
fatos nos permitam que nos calemos.


RAOUL VANEIGEM

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