terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Vim coabitar com os homens
E tentei ser humana.
Em alguns, surpreendi a maldade
Piores que os maus, os imbecis
Não descansam, nem deixam descansar
E tenho lutado para não ficar indignada.
Há um instante em que não tenho mais nome,
Sou todos, também os que calaram.
Animais, plantas, flores são palavras.
E se clareiam em nós, seguem adiante.
Forte, imbatível a palavra, com ressurreições
Nos ossos da alma.
Com o Bem sou poliglota e renasço todos
Os dias, recoberta de eternidade,
Que são as peles das manhãs.


CARLOS NEJAR

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