terça-feira, 3 de julho de 2012

"Como espécie, o sapiens ama e detesta sua própria vida e as de outras espécies,
ele as erradica e as pesquisa.
Uma força grandiosa transbordante de crime e deleite...
Vivemos, logo amamos; vivemos, logo odiamos.
Eu amo e odeio a vida, logo existo. Transformamo-nos lentamente, com variações
individuais, num gênero pacífico e arrogante, inventivo e exterminador,
amoroso e tanatocrático, de Stalin a São Francisco de Assis, do caçador
impiedoso a São Júlio, o Hospitaleiro, do parasita ao simbionte, da loucura
dos que adoram o poder ao surpreendente punhado
de santos que dedicam seu poder ao amor."


Michel Serres

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