domingo, 4 de outubro de 2009

As sociedades frias são aquelas que reduziram ao extremo

a sua parte de história; que mantiveram num equilíbrio

constante a sua oposição ao meio ambiente natural e humano,

e as suas oposições internas. Se a extrema diversidade das

instituições estabelecidas para este fim testemunha a

plasticidade da autocriação da natureza humana, este testemunho

não parece evidente senão para o observador exterior, para

o etnólogo vindo do tempo histórico. O conformismo absoluto

das práticas sociais existentes, às quais se encontram para

sempre identificadas todas as possibilidades humanas, já não

tem outro limite exterior senão o receio de tornar a cair na

animalidade sem forma.Aqui, para continuar no humano, os

homens devem permanecer os mesmos.


Guy Debord - A Sociedade do Espetáculo

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