quinta-feira, 1 de outubro de 2009

“Texto quer dizer Tecido; mas, enquanto até aqui esse tecido

foi sempre tomado por um produto, por um véu todo acabado,

por trás do qual se mantém, mais ou menos oculto, o sentido

(a verdade), nós acentuamos agora, no tecido, a idéia gerativa

de que o texto se faz, se trabalha através de um entrelaçamento

perpétuo; perdido neste tecido – nesta textura – o sujeito se

desfaz nele, qual uma aranha que se dissolve ela mesma nas

secreções construtivas de sua teia. Se gostássemos dos

neologismos, poderíamos definir a teoria do texto como

uma hifologia (hyphos é o tecido e a teia da aranha).”


Roland Barthes - O prazer do Texto

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