quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Nós não somos mortais ao nascermos, aprendemos a sê-lo

no decorrer do caminho, em idades diferentes. Nossa infância,

que ignora até o que quer dizer fragilidade, é envolta em

imortalidade. O tempo a ignora. Nossa adolescência, ávida de

vida, desejando até envelhecer, encolhe os ombros diante da

morte, que é uma questão para velhos, a menos que escolha

vez por outra a recusa brutal, o suicídio.

Contudo, a imagem do fim, sua presença, sua insistência, à

medida que avançamos pelo caminho, vai se fazendo mais

precisa e mais densa. A partir de uma certa idade, a morte

se torna uma companhia familiar.


LU

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