quinta-feira, 29 de outubro de 2009

De repente volta
o que nem sei se foi
sonhado ou vivido. Que apelo me chega
desta voz que emerge
de tão fundas águas? Alguém esquecido
no fundo dos tempos? Meu anjo vencido?
Meu duplo secreto? Que apelo indizível
me chama, me grita
que esqueça, que durma,
ou me divida em tantos
que nenhum seja eu?
Nem eu, nem ninguém.



EMILIO MOURA

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