sábado, 7 de novembro de 2009

Com o passar dos anos, a filosofia e a ciência parecem envaidecer
aqueles espíritos, os mais arrogantes, dando a impressão que
muitos dos problemas desta vida, são passíveis de resoluções,
basta um olhar objetivo sobre o drama. A palavra de filósofos
e cientistas, para os não iniciados, é como que outro idioma,
em que o excesso de jargões técnicos, expressões habituais,
decodifica os respectivos problemas da realidade. Filósofos e
cientistas falam muito, são do reino humano, aqueles que
mais fazem uso da palavra. Feliz daquele que com pouca
palavra, diz muito, é a tal arte da precisão, do laconismo,
bem mais presente no universo mágico da arte e do
misticismo, portanto, no âmbito do sagrado, que todo o
arranjo disjuntivo do pensamento, que para se fazer entender,
precisa de extensos parágrafos, hipóteses, teorias,
fórmulas, precedidas por tantas outras equações.
Onde o pensamento não consegue mais identificar, nem mesmo

imprimir o reinado de sua lógica, é que se dá o acontecimento
da arte e da poesia, onde a palavra, sacrificada pela
cotidianidade dos chavões científicos e filosóficos, readquire
seu sentido original, com efeito, só as experiências poéticas
dizem da realidade, a realidade propriamente.


Lu

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